segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A miopia embutida no tecnicismo – Porque não usá-lo na iniciação ao Futsal


Quando nos reportamos à iniciação ao Futsal, nos reportamos para ambiente no qual se observam muitos casos de aulas baseadas nos princípios de ensino tecnicistas.


Nelas, os elementos técnicos são o principal objetivo da aula, pois esse tipo de abordagem de aulas faz acreditar que execução de tarefas, já determinadas, explicadas e organizadas anteriormente pelo professor possibilitam ao aluno a assimilação daquele determinado gesto técnico, crendo que a fragmentação do jogo em elementos técnicos ensinados de maneira isolada proporciona ao aluno a aprendizagem do jogo.
Explicado o que se entende sobre abordagem tecnicista, destaco àqueles adeptos dessa metodologia de trabalho que ela está errada, principalmente no que se diz respeito de sua compreensão de “o que é técnica”, ou seja, ela está equivocada em sua essência.
Dentro da idéia dos jogos coletivos, Garganta (1998, p.22), apoiado em Mauss (1980), destaca que a técnica esta relacionada com: 
“as diferentes formas de utilização do corpo com os constrangimentos impostos pelas características das respectivas modalidades desportivas”.


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Pensando o Futsal – Novos Caminhos


Considero que uma minoria das crianças chegará ao esporte profissional, reduzir o esporte na infância ao treino, à competição, à formação de atletas, à conquista de resultados expressivos, é assumir que a pedagogia do esporte fracassou.
(SANTANA, p.46, 2004)

Muitas vezes, experientes ou não, no que se diz à prática das aulas de educação física e de esportes, nós professores temos como tendência a sistematização de aulas que tendam ao imediatismo do ensino, baseado nos modelos de alto-rendimento e de conquista exarcebada da vitória.
O modelo competitivo acaba sendo a base de todo processo de “ensino”, incluindo muita vezes a abordagem tradicional do “ensino” do jogo baseado na fragmentação deste em partes isoladas, como “ensino” do passe, “ensino” da finalização, “ensino” do drible, “ensino” da condução, etc..
Partido desse princípio metodológico, nós professores concebemos o jogo como sendo um sistema dotado de partes que quando somadas, formam novamente esse sistema. Uma operação matemática simples e perfeita! Mas na verdade a coisa não é bem assim.
Sendo o jogo um ambiente dotado de imprevisibilidade – a final, temos inúmeras possibilidades de execução de uma única ação – e por sua vez dotada de complexidade, será mesmo que um aluno que aprende a passar, depois a finalizar, depois a conduzir, e assim por diante, saberá JOGAR O JOGO chamado Futsal ?

O ensino tecnicista e fragmentado nos remonta à idéia de que o jogo é EXATO. Falsa ilusão.